quarta-feira, 4 de junho de 2014

7 grandes livros que você deve ler antes de morrer‏


O poeta espanhol Rubén Darío disse uma vez que “aprender a ler é uma das coisas mais importantes que nos acontece na vida”. E esta é uma verdade.
Quase não dá para imaginar como seria nossa vida hoje sem os grandes livros, histórias e registros. E, sim, para ler e aproveitar a leitura é preciso aprender. Uma coisa é ler a lista do mercado ou textos na internet outra coisa bem diferente é entrar em um universo novo feito de páginas, palavras e imaginação.
Dizem que para saber ler basta ler; e nós concordamos. Uma vez que você pega gosto pela leitura é difícil conseguir parar. A dica é se manter lendo, trocando de livro um atrás do outro e não deixando o ânimo esfriar.
Para que você tenho pelo menos sete ótimos livros para ler nos próximos meses, selecionamos clássicos imperdíveis da literatura. Não tem desculpa agora para dizer que não sabe o que ler… Boa leitura!

Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez, 1967

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Clássico absoluto recomendado por 10 entre 10 leitores, Cem Anos de Solidãoapresenta a história da família Buendia em sete gerações. Durante um século, García Márquez narra a trajetória de uma vila no meio do nada, cuja existência passa despercebida no tempo.
Trata-se de uma leitura que exige concentração, pois pede certa sagacidade do leitor para entender o ambiente irreal de Macondo que é cheio de detalhes e mistura o normal e o fantástico, o real e o sobrenatural.
O livro tem a intenção de retratar a solidão humana, quando se passam cem anos e nada continua igual, apenas o ser humano. Leitura recomendada para todas as idades!

A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera, 1984

insustentavel-leveza-do-ser (1)O romance de Milan Kundera se passa em Praga em 1968 e narra os amores e desamores de quatro personagens: Tomás, Tereza, Sabina e Franz. O livro é permeado pela invasão russa à Tchecoslováquia e pelo clima de tensão que pairava em Praga naqueles dias.
Além de totalmente sensual e envolvente, o estilo narrativo de Kundera permite saídas do texto central com comentários que esclarecem ao leitor sobre o terreno filosófico e psicológico em que a história se desenrola.
Há referência a autores como Nietzsche e Parmênides que situam o enredo em uma perspectiva existencial e submete as situações à uma análise filosófica e uma reflexão especulativa.
O livro narra as dores e as delícias de optar pela liberdade ou pelo comprometimento ilustrando as consequências existenciais de cada uma dessas opções. Imperdível e maravilhoso!

Memória de Minhas Putas Tristes, Gabriel García Márquez, 2004

memorias-de-minhas-putas-tristes livroMemória de Minhas Putas Tristesnarra a história de um velho cronista e crítico musical que, em seu aniversário de 90 anos, pretende presentear a si mesmo com uma noite de amor insano com uma adolescente virgem.
No entanto, ao vê-la dormindo, não tem coragem de acordá-la e se apaixona por uma garota adormecida. Um livro sábio, reflexivo e com muito bom humor. 

1984, George Orwell, 1949

1984
1984 apresenta a história de Winston Smith, um homem com uma vida insignificante que recebe a tarefa de perpetuar a propaganda do regime atuante por meio da falsificação de documentos públicos e da literatura a fim de que o governo sempre esteja correto no que faz.
Smith fica cada vez mais desiludido com sua existência miserável e assim é iniciada uma rebelião contra o sistema. O romance ficou famoso por seu retrato sobre a fiscalização e controle de um determinado governo na vida dos cidadãos e a crescente invasão sobre os direitos do indivíduo.
Vivemos ou não em um imenso “Big Brother”?
 Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley, 1932
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No mundo futurista criado por Aldous Huxley não existe família e as pessoas nascem pré-condicionadas biologicamente em uma sociedade organizada por castas. Nesta sociedade não existe ética religiosa nem os valores que regem a sociedade atual.
Qualquer dúvida ou insegurança são dissipadas com o consumo de uma droga chamada “soma”. Não existem casais, nem o nascimento por meio da gravidez. O conceito de Amor, como um sentimento monogâmico, também não existe.
As pessoas praticam relações sexuais entre si como uma mera forma de lazer, vivendo sob o lema: “cada um pertence a todos”. O enredo remete à reflexões sobre os relacionamentos, o futuro e modos de vida.

Quando Nietzsche Chorou, Irvin D. Yalom, 1982

Quando Nietzsche Chorou
Em Quando Nietzsche Chorou, o psicoterapeuta Irvin Yalom liga duas figuras históricas importantíssimas em um relacionamento fictício que se passa em um contexto histórico real na Viena de 1982.
O médico e fisiologista austríaco Josef Breuer e o filósofo alemão Friedrich Nietzsche iniciam discussões permeadas pelas teorias de Nietzsche, como a do eterno retorno, e abrangem grandes questões que permeiam a existência humana: o seu significado, a liberdade, as escolhas, o destino, Deus, a morte e o desespero.
Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa, 1956
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Com uma linguagem caracterizada por acentos e jeitos sertanejosGrande Sertão: Veredas é considerado uma das maiores obras da literatura brasileira. A grandiosidade do livro de Guimarães Rosa pode ser exemplificada pelas interpretações, que abordam variados pontos de vista e as mais diferentes culturas.
A obra se passa no sertão brasileiro e o enredo é tomado por uma espécie de labirinto. Como se fosse uma metáfora da vida, a travessia do labirinto pode ser interpretada como a travessia da própria existência.
Mais que os outros livros desta lista, este é destinado para quem sabe ler. Ele requer paciência, pois a linguagem é cheia de cultura oral e pede muita interpretação de texto. Com paciência é possível logo se sentir preso à trama e abduzido por um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos que deve ser lido e entendido muitas vezes.

Publicado no Geekness

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