Dar o exemplo é a melhor forma de incentivar a leitura nas crianças
Criar
o gosto dos pequenos pela leitura nem sempre é uma tarefa fácil para os
pais. Em meio a tantas tecnologias novas, as crianças recebem cada vez
mais estímulos em outras direções, como televisão, computador e tablets.
Conforme pesquisa desenvolvida pela Fundação Itaú Social em parceria
com o Datafolha, 76% dos brasileiros acreditam que é muito importante
incentivar o hábito da leitura. Os estímulos começam em casa e fazem
parte do processo de educação da criança, lembra a professora de língua
portuguesa Júlia Schmidt, da Escola Oga Mitá, do Rio de Janeiro. Confira
dez dicas para transformar seu filho em um leitor.
Dar o exemplo
Pais
leitores ainda são a melhor forma de incentivar à leitura. Muitas
famílias cobram que as crianças sejam leitoras e os próprios pais não
são leitores ávidos. “Se você espera essa postura do seu filho, você
precisa dar o exemplo”, diz a professora de língua Portuguesa Júlia
Schmidt, da Escola Oga Mitá, do Rio de Janeiro. A família que lê mostra à
criança que ler é uma atividade agradável e positiva.
Leia para o seu filho
Não
há idade certa para trazer a leitura para a vida dos pequenos. Desde
ler para eles até acompanhar a compra de livros, a professora Júlia
ressalta a importância da criação do costume dentro da família. “É muito
importante que os pais leiam para os filhos, para criar esse hábito de
leitura. Em algum momento do dia ou da semana, que aconteça algum
momento de leitura. Contar histórias é motivar a criança com uma
narrativa oral, depois ela procurará um livro de forma autônoma”,
justifica.
Dê livros de presente
Você pode presentear livros de acordo com a faixa etária, com temas apropriados. A
professora e Pesquisadora da Universidade Estácio de Sá de Campos dos Goytacazes (RJ), Simone Viana, lembra que “hoje temos inúmeros autores que escrevem para esse público e também podemos aproveitar tudo que é oferecido pela mídia e trazer isso pra dentro de casa.”
professora e Pesquisadora da Universidade Estácio de Sá de Campos dos Goytacazes (RJ), Simone Viana, lembra que “hoje temos inúmeros autores que escrevem para esse público e também podemos aproveitar tudo que é oferecido pela mídia e trazer isso pra dentro de casa.”
Não restrinja a leitura
A
professora Júlia lembra que é essencial não restringir a leitura dos
pequenos, determinando qual tipo de livro deve ser lido. “É muito
complicado e chega a ser cruel. Através da restrição, acabamos
estabelecendo determinadas leituras.”
Comece com fábulas
A
pesquisadora em educação Simone recomenda que os livros infantis devem
ter um vocabulário simples e sugere as fábulas como um bom tipo de
leitura para quem está iniciando. “Assim, o leitor entra num imaginário
infantil, reconstruindo seus valores. Produzindo releituras das fábulas
antigas para o público infantojuvenil, os autores estão reescrevendo de
uma maneira nova, inserindo a atualidade, contextualizando de acordo com
a nossa realidade”.
Para os jovens, best sellers são boas opções
As
sagas Jogos Vorazes (Suzanne Collins) e Percy Jackson e os Olimpianos
(Rick Riordan) são algumas das indicações da professora. O primeiro é
uma série de quatro livros que conta a história de Katniss Everdeen, uma
adolescente que vive no mundo de Panem e participa dos Jogos Vorazes,
uma competição transmitida pela televisão onde adolescentes lutam até a
morte. A saga de Rick Riordan acompanha a vida de Percy Jackson, um
menino problemático do século XXI que descobre ser filho de Poseidon, o
deus grego. “Tenho alunos de 14 anos que leram toda a série Percy
Jackson em um mês. São cinco livros, é bastante coisa. Por conta dessa
leitura, eles descobriram a mitologia grega. Um aluno, de 14 anos,
chegou a ler a “Odisseia” e “Ilíada”, de Homero, e produziu um trabalho
de pesquisa extenso sobre a obra”, relembra.
Faça parte disso!
Participar
da compra dos livros também é um processo importante, destaca a
pesquisadora. Ela aconselha que os pequenos sejam levados às livrarias
junto com os responsáveis. “É importante que ela tenha esse contato com o
livro, que não veja o livro como um extraterrestre distante dela. Na
livraria, a criança poderá escolher o que mais agrada, seja pela
ilustração, pelas dobraduras, conforme a sensibilidade da criança”.
Saiba se a escola do seu filho incentiva a leitura
Dentro
da escola, o trabalho continua. Simone acredita que o papel da escola é
o de mediar o contato do aluno com o livro. “A escola tem um papel
fundamental de grande mediação, de fazer com que a criança viva esse
momento da leitura e que possa colocar isso em prática.”
Não há idade certa
Você
pode tornar o seu filho um leitor em qualquer idade. Ao contar
histórias, por exemplo, você motiva a criança a uma narrativa oral. “Ela
vai preparar conselhos mitológicos e depois ela vai procurará um livro
de forma autônoma”, comenta a professora Júlia.
Consuma cultura
O
interesse pela cultura é essencial para se tornar um grande leitor, e
assim, um exemplo para as crianças. A professora Júlia lembra que
envolver os pequenos em atividades como cinema, peças de teatro e
exposições criam um interesse que pode gerar uma leitura, como os filmes
de Harry Potter podem levar a criança a ler os livros.
Publicado no UOL
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