Data é celebrada em 20 de novembro para lembrar Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, assassinado por tropas coloniais em 1695.
Na década de 1970, um grupo de quilombolas no Rio Grande
do Sul cunhou o dia 20 de novembro como o Dia da Consciência Negra: uma
data para lembrar e homenagear o líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi,
assassinado nesse dia pelas tropas coloniais brasileiras, em 1695. A
representação do dia ganhou força a partir de 1978, quando surgiu o
Movimento Negro Unificado no País, que transformou a data em nacional.
Segundo a historiadora da Fundação Cultural Palmares,
Martha Rosa Queiroz, a data é uma forma encontrada pela população negra
para homenagear o líder na época dos quilombos, fortalecendo assim mitos
e referências históricas da cultura e trajetória negra no Brasil e
também reforçando as lideranças atuais. "É o dia de lembrar o triste
assassinato de Zumbi, que é considerado herói nacional por lei, e de
combate ao racismo", afirma. A lei federal de 2011 (12.519) institui o
20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra. A adoção dos
feriados fica por conta de leis municipais. Diversas atividades são
realizadas na semana da data como cursos, seminários, oficinas,
audiências públicas e as tradicionais passeatas.
Dia da Consciência Negra: menos de 20% das cidades aderem ao feriado
Para representante da Fundação Cultural Palmares, baixo número reflete a 'desconsideração do poder público' com as temáticas raciais; veja onde é feriado.
De acordo com a representante da fundação em São Paulo, Cidinha da Silva, o baixo número reflete a desconsideração, por parte do poder público, com as temáticas raciais. Cita o exemplo de Curitiba (PR), cujo Tribunal de Justiça (TJ), por meio de decisão liminar, suspendeu o feriado que seria celebrado pela primeira vez na cidade. "É uma atitude proporcional à pouca importância que a política atribui à data".
Goiânia (GO) é outra capital em que servidores públicos e comércio trabalharão normalmente. De acordo com a Secretaria de Comunicação da prefeitura, os magistrados consideraram que a Câmara Municipal não poderia instituir o feriado "pois o Dia da Consciência Negra não possui natureza religiosa".
Para Cidinha, a luta pela implementação do feriado deve ser uma demanda da própria sociedade civil dos municípios. "É preciso mobilização. Essa data impulsiona um trabalho que, para a fundação, é constante: o de tentar aumentar os espaços para a cultura negra", afirma.
E não se trata apenas de folclore, alerta ela. A efeméride significa "renovação do espírito de luta" para deixar um pouco de lado os aspectos de entretenimento e migrar para a discussão das políticas culturais que valorizem as matrizes africanas. "Combate ao racismo e à discriminação racial são atitudes do ano inteiro. O que necessitamos é um salto de qualidade no que diz respeito às vivências das manifestações culturais negras", diz.
As capitais em que o feriado está em vigor são Maceió (AL), Manaus (AM), Macapá (AP), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC) e São Paulo (SP).
http://noticias.terra.com.br/educacao/voce-sabia/qual-a-origem-do-dia-da-consciencia-
negra,29c1125444272410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,dia-da-consciencia-negra-menos-de-20-das-cidades-aderem-ao-feriado,1098687,0.htm
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